Está frio, está chuva, está vento, está um dia de Inverno. Eu já tinha recebido de braços abertos a Primavera e até me tinha esquecido do velho ditado que não engana "Abril, águas mil" e Abril está mesmo a caminho...

Os padrões florais tendem a aparecer sempre por esta altura. As flores são sinônimo de Primavera e na moda o mesmo também acontece. 

Eu pessoalmente gosto muito desta tendência. E vocês?

Filipe Faísca apresentou na Moda Lisboa uma coleção bastante diferente do costume. Mais do que uma coleção diferente foi uma coleção que transmitiu uma mensagem de esperança.

Esta coleção foi criada em parceria com crianças que sofrem de cancro. Os padrões utilizados nas peças foram desenhados por nove meninas que lutam diariamente contra o cancro, oito delas estão em tratamento no Instituto Português de Oncologia.

O estilista pediu-lhes que desenhassem sobre o “amor”. E foi isso que fizeram, desenharam o que para elas é o amor no estado mais puro e genuíno.

No final as pequenas guerreiras foram as protagonistas e tiveram a oportunidade de desfilar ao lado das modelos, mostrando assim que a moda não é apenas para quem segue os padrões rígidos de beleza, mas que a verdadeira beleza está em sermos corajosos e lutarmos de frente e com um sorriso na cara contra problemas tão graves como o cancro. Estas meninas são pequenas guerreiras que lutam como verdadeiras mulheres de armas.

O IADE é uma universidade bastante criativa e como é óbvio, de vez em quando há umas coisas diferentes que não há nas outras universidades.

Os bombeiros já tinham e os padres também e agora chegou a vez do IADE. O que será que estou a falar? Adivinham? Um calendário! E eu apareço lá! 

Calma! Não apareço despida nem algo do género.

Há uns meses fui convidada por um veterano para fazer uma cessão fotográfica. Fiquei admirada com o convite, há tantos caloiros. Porque que me convidaram a mim? Mas aceitei logo, e fiquei ansiosa. Não sabia para o que era, apenas pediram-me para levar t-shirt e o penico de caloira. Depois é que me explicaram que era para um calendário.

O calendário chegou esta semana e está brutal! Adorei! A essência do IADE está toda lá, é de certeza um calendário que vou guardar para sempre. Tenho tanto orgulho em pertencer a esta família que é o IADE.

E qual é o mês em que eu apareço? Perguntam vocês. Isso não é obvio?! O mês de Setembro! É o mês das Praxes, o mês da caloirada, o mês onde começa mais um ano de aventuras.

Lá fui eu, ontem, para mais um desfile de Sangue Novo. Este ano gostei muito das coleções que por lá passaram. A verdade é que adoro ver este desfile do Sangue Novo para conhecer novos talentos no mundo da moda, e acho que faz falta novas caras, novos talentos para não ser sempre a mesma coisa e os mesmos criadores, para renovar um pouco esta industria em Portugal.

Aqui ficam algumas das criações que mais gostei.

MODALISBOA CURIOUSER | SANGUE NOVO | PATRÍCIA DA COSTA 

 Ou pelo menos a minha quando tinha de correr em EF.

Ilustração de Ana Oliveira

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Então deixo-vos aqui o que é ser mulher.

Porque ser mulher é ser filha, mãe, esposa e amante. 

Porque ser mulher é enfrentar a calçada portuguesa de saltos com um sorriso na cara. 

Porque ser mulher é levar o mundo na mala. 

Porque ser mulher é estar prevenida para tudo. 

Porque ser mulher é ter de lidar com o TPM todos os meses. 

Porque ser mulher é lidar com a pressão de ter de se vestir bem todos os dias. 

Porque ser mulher é ter de fazer a m*rda da depilação todos os meses.

Porque ser mulher é ter de se ser boa profissional no emprego, boa dona de casa em casa e boa amante na cama.

Porque ser mulher é ouvir bocas que recebeu um aumento porque anda a “comer” o chef. 

Porque ser mulher é ter de ouvir bocas por ser solteira aos 30 ou por não se querer ser mãe.

Porque ser mulher é uma luta diária contra a escravatura da imagem e corpo perfeito.

Porque ser mulher é uma luta contra os salários mais baixos

Porque ser mulher é uma luta diária contra a violência doméstica.

Ser mulher noutras partes do mundo também é ter de casar aos sete anos, ter que ser violada e não poder dizer a ninguém. É não poder votar, é não poder estudar, é não poder viajar, é não poder destapar a cara, é não poder vestir o que se quer. Nascer mulher também obriga muitas mulheres a viver assim, mas ser mulher nunca deveria ser sinónimo disto.

Ser mulher é isto e muito mais.

Porque hoje o dia é nosso, mas todos os dias são dias para lutarmos pelos nosso direitos, por aquilo que achamos ser justo.

Sou fã desta senhora. Sou, assumo. A Cristina é uma inspiração para mim.

Em 10 anos já conquistou tanto, mas principalmente o coração dos portugueses. Porque esta mulher já era Diretora de Conteúdos Não Informativos da TVI, já tinha um blog, já tinha uma coleção de sapatos, uma loja de roupa, um livro e um perfume, mas isso não lhe chegava e juntou à família mais um elemento. A revista CRISTINA, que hoje está em todas as bancas.  

Quando for grande quero ser como tu!

Eu já tenho a minha CRISTINA. E vocês?